Quem sou eu

sou aquela que sabe a dor e a delícia de ser quem eu sou!

sábado, 24 de maio de 2008

Tathy a.P.d.P., agora com catraca seletiva


Existem certas coisas na vida da gente que são INDESCRITÍVIES... Paris é uma delas.

Não basta "ver" Paris! Você tem que viver Paris, respirar Paris, namorar Paris! Em cada canto uma surpresa, em cada olhar uma descoberta. Foi muito mais do que eu sequer imaginava ou que sabia minha vã filosofia.

Malas de véspera sempre ilustram meu cotidiano. Faz "parte do meu show". Olhei a temperatura no site da BBC e decidi o que levar. Meia noite e nada de dormir... uma ligação importante e uma taça de vinho me acalmaram. Daí para a cama foi um passo, literalmente - já tinha adormecido no sofá.

Acordei às 6h, mal acreditando no que viria! Um misto de sensações, algo de irreal... Fechei as malas, conferi as janelas e digitei o código do alarme. A porta fechada atrás de mim era assustadora. Cheguei ao aeroporto com 2 horas e meia de antecedência. Fiz meu check in e ainda não acreditava. Outra ligação para me acalmar, essa para bem mais longe. Por via das dúvidas, Dramin e Serenus antes de entrar no avião.

A viagem durou uma eternidade; a tripulação avisa Charles de Gaulle, mas nem sinal dele. Enfim, Paris! Thomas me esperava no aeroporto errado (*rs) e todas as informações estavam fechando. Uma nativa simpática me deu o telefone de alguns hotéis e as primeiras dicas de sobrevivência em solo francês.

Gerard foi meu condutor até Paris, até o Hotel Paris Liege, ao lado da Gare du Nord. A avenida Boulevard de Magenta era enorme... uma aventura na cidade luz. Após o check in, atirei-me na cama e fui olhar a vista, mas a janela dava para os fundos de um prédio antigo, então, desmaiei! Com os primeiros raios de sol, amanheceram meus sonhos. Desci para um café francês, refastelei-me com croissants e munida de um bom mapa saí à caça, sem rumo certo. Aliás, parei um pouco de programar as coisas e procuro fazer o que me convém.

Ruas estreitas, ruas largas, gente por todas as partes. Surpreendi-me (a mim mesma *rs) com um morro verde (mas um tom diferente do que tenho na Irlanda) e, lá no alto a Basilique du Sacre-Couer. Ali, ouvi de um artista, que meu destino era brilhante! Ser brilhante na cidade luz. Quisera eu viver cem anos mais!

Tour Eiffel, Place de La Concorde, Notre Dame, Jardin du Luxembourg, La Bastille, Opera Garnier, Arc de Triomphe, Trocadero, Boulevard St-Germain, Obélisque de La Concorde, Le Louvre, La Bourdonnais... Paris não tem fim!

Aproveitei cada segundo - Serenus não era mais necessário, já nem sentia meus pés. Às margens do Seine pensei em quem me faz bem, em quem eu amo, em quem me faz falta... muita falta! Naquele instante Paris parou e ficou ainda mais bela.

Na última noite, na Tour Eiffel, com TInês e Baby, chorei lágrimas que vinham da minha alma. Lágrimas por saber que tudo valeu à pena e a certeza de que voltarei, trazendo as partes mais importantes da minha vida. Meus olhos não foram só meus... estavam alugados e não piscaram - seria perda de tempo.

Meus sonhos voltaram! Aleluias!!!! Só quem já os perdeu sabe o que significa tê-los de volta.

"Se você tiver sorte de viver em Paris, quando jovem, sua presença continuará a acompanhá-lo pelo resto da vida, onde quer que você esteja" Ernest Hemingway