Se fosse só sentir saudades... MAS TEM SEMPRE ALGO MAIS!
Cresci ouvindo que ele queria ser meu padrinho e, cada vez que o abraçava, conseguia sentir a real dimensão do quanto ele me amava (mesmo que houvessem anos de distanciamento entre nós). Na minha cabecinha de jiló: mamãe preferia a Thaisoca (não só pelo fato dela ser mais linda que eu, mas porque as duas loiras além de loiras têm gostos parecidos), papai preferia o Rapha (homens e seu universo) e eu... eu tinha a vovó, pra onde eu queria fugir (isso vocês já sabem) e o Tio Edu e Tia Marília. Amaaaaaaaaaaava quando íamos para São Paulo e era dia de ir para a casa deles; eu não só me sentia especial... EU ERA, de fato e direito!!!
Meu aniversário, então? "Tati, é a Tia Marília no telefone, pra você" e eu corria de fininho com receio da Rapha ouvir e saber que, os padrinhos eram dele, mas eu tinha uma carteirinha VIP. Depois veio a Duda, a primeira neta deles, e eis que ela veio ao mundo no mesmo dia em que eu (anos depois, sim, mas num dia liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo). Me lembro dela bebê, no aniversário de 70 anos da vó Ida, e dos dois a bajulando no balanço e do Tio Edu me dizer que ela o lembrava quando eu era bebê e eu sentei num banquinho ao lado do balanço para ouvir todas as delícias da minha vida vistas pelos olhos dele.
Como era bom ser amada por alguém pelo simples fato de... SER AMADA!
Essa foto foi tirada no dia em que eu embarcava para a Irlanda, pela primeira vez...
Tio Edu, sua Guinness ficará guardada para o nosso próximo encontro, assim como eu prometi. Se eu soubesse que seu coração fosse nos aprontar essa, teria lhe dado o meu!
